Palmeiras abre vantagem contra River Plate, mas gol tardio deixa disputa viva nas quartas da Libertadores

O que aconteceu no Estádio Monumental
No dia 17 de setembro de 2025, o Allianz Parque ainda não viajava toda a torcida rubro‑negra, pois o primeiro duelo das quartas de final da Copa Libertadores foi realizado no icônico Estádio Monumental, em Buenos Aires. A partida começou com Palmeiras pressionando desde o primeiro minuto, explorando a velocidade nas laterais e a solidez defensiva de Gustavo Gómez, que acabou anotando já nos primeiros minutos do primeiro tempo.
O gol do zagueiro paraguaio mudou a atmosfera do jogo: a equipe argentina, acostumada a dominar em casa, mostrou vulnerabilidade ao erro na saída de bola. A partir daí, o meio‑campo de Palmeiras, comandado por Gustavo Scarpa e Felipe Melo, assumiu o controle, circulando a bola com passes curtos e bem cronometrados. Aos 41 minutos, Vitor Roque recebeu um cruzamento milimétrico de Flaco López, marcou o segundo tanto e deixou o River Plate 2 a 0 atrás do placar ao intervalo.
O técnico Abel Ferreira, que tem investido no contra‑ataque rápido, elogiou a postura defensiva dos seus jogadores. "Mantivemos a marcação alta, mas soubemos fechar os espaços nas transições", afirmou o treinador em entrevista pós‑jogo. Enquanto isso, Marcelo Gallardo, à beira do campo, exigiu mais intensidade dos seus atletas, que pouco a pouco foram tentando encontrar encaixe nas jogadas de bola parada.

Reviravolta e esperança para o River Plate
No início do segundo tempo, Gallardo fez mudanças táticas. Substituiu Juan Quintero por E. Pérez logo após o intervalo, tentando dar mais mobilidade ao meio‑campo. O River Plate passou a pressionar mais alto, criando cruzamentos nas áreas e cobrando faltas duras. O esforço teve resultado oito minutos antes do fim: o atacante uruguaio Juan Carlos Portillo cabeceou um escanteio que acabou sendo convertido por Lautaro Rivero, reduzindo o placar para 2 a 1.
O gol de honra trouxe alívio imediato à torcida argentina e trouxe uma nova camada de estratégia para o jogo de volta, que acontecerá no próximo dia 24 de setembro, no Allianz Parque. O regulamento da competição estabelece que, em caso de empate no placar global, o critério de gols fora de casa será decisivo. Assim, o River Plate só precisará de um triunfo por 1 a 0 para avançar, ou de uma vitória por dois gols de diferença para eliminar o rival.
Para o Palmeiras, a vantagem de um gol e o êxito fora de casa são pontos positivos, mas a equipe não pode relaxar. "Sabemos que a vantagem ainda é tênue. O River tem tradição de reverter no Brasil", alertou o capitão Marcos Rocha. O clube ainda tem uma semana para trabalhar nos detalhes táticos: melhorar a marcação nas bolas aéreas e manter a disciplina para evitar cartões que possam ser decisivos na fase decisiva.
O duelo também reacendeu a memória de confrontos históricos entre brasileiros e argentinos na Libertadores. Em 2023, Palmeiras venceu o River Plate na semifinal, mas desta vez o cenário está diferente: o River sofreu com a pressão da torcida local e ainda conseguiu marcar, provando que a rivalidade continua viva.
Além dos aspectos táticos, a partida expôs a importância de alguns jogadores individuais. Gustavo Gómez, com seu gol precoce, demonstra que pode ser decisivo em momentos críticos, enquanto Vitor Roque reafirma sua condição de artilheiro emergente. Do lado argentino, Lautaro Rivero mostrou frieza ao abrir o placar, indicando que pode ser peça-chave na tentativa de virada.
As próximas 48 horas serão decisivas para ambas as equipes. Enquanto o Palmeiras deve focar na manutenção da posse de bola e na prontidão para responder a contra‑ataques, o River Plate pode apostar em pressionar alto, forçar falhas na defesa e explorar a velocidade de seus atacantes. O duelo de volta promete ser um dos confrontos mais emocionantes da edição 2025 da Libertadores, com a classificação para as semifinais em jogo.