O Rei da Internet: Filme com João Guilherme estreia em 2 de abril de 2026 após trailer explosivo na CCXP25
dez, 7 2025
Na tarde de 5 de dezembro de 2025, o Palco Thunder by Claro TV+ na CCXP25, em São Paulo, virou uma sala de cinema antes da estreia. O primeiro trailer de O Rei da Internet foi exibido diante de uma plateia em êxtase — e não era só por causa dos efeitos especiais. Era por causa da realidade. O filme, estrelado por João Guilherme, retrata a ascensão e queda de Daniel Nascimento, o adolescente que, aos 15 anos, virou um dos maiores hackers do Brasil, movimentou milhões por dia e foi preso pela Polícia Federal antes de completar 17. A data de estreia? 2 de abril de 2026. Nos cinemas. Só. Sem streaming. E o trailer? Um soco no estômago de nostalgia e choque.
Uma história que ninguém esqueceu — e que agora é filmada
Ninguém na plateia esqueceu os anos 2000. Aqueles tempos em que o dial-up ainda dava dor de cabeça, os fóruns de hackers eram o novo rock and roll, e um garoto de São José dos Campos conseguia roubar dinheiro de bancos só com um computador e um modem. Daniel Nascimento estava lá, sentado no palco, ouvindo seu próprio passado ser narrado em imagens. "Ler o roteiro anos depois mexeu comigo", disse ele, com a voz baixa, quase um sussurro. "Eu vivi isso quando ainda era criança. E agora, ver tudo isso de novo... é como reviver um sonho que virou pesadelo." O diretor Fabrício Bittar, conhecido por filmes como Como Hackear Seu Chefe, não quis fazer um biopic tradicional. "Não é sobre o crime. É sobre o vazio que o crime preencheu", explicou. "Daniel tinha tudo: dinheiro, mulheres, festas. Mas era só um garoto perdido num mundo que não entendia. E o filme mostra isso. Sem julgamento. Só com câmera e verdade." O trailer, por exemplo, abre com a invasão da casa dele pela PF — e fecha com ele rindo, rodeado de dinheiro, enquanto uma voz diz: 'Me vendo assim, você acha que o crime não compensa?'.João Guilherme mergulhou de cabeça — literalmente
João Guilherme, de 23 anos, passou meses com Daniel Nascimento. Não só estudou vídeos antigos, mas dormiu na casa dele, ouviu histórias de festas em clubes clandestinos, viu fotos que nunca foram publicadas. "Fiquei fascinado. Uma história eletrizante que me deu muito tesão de fazer", contou, sem rodeios. Ele não escondeu as cenas mais polêmicas: nudez, sexo explícito, uso de cocaína na mesa do computador, ménage à trois. "Minha mãe me acompanha desde os 7 anos. Ela é minha produtora informal. Mas vai ser engraçado ela me ver fazendo amor... com o bumbum de fora. Quero ver a reação." O ator admitiu que algumas cenas foram difíceis de gravar. "Tem uma cena em que o personagem toma cocaína pela primeira vez. Eu precisei me lembrar de como é a sensação de estar perdido. Não de droga — de vazio. O Daniel me contou que, naquela época, ele só queria ser alguém. E achava que dinheiro era a única forma."A máquina por trás da produção
O filme é produzido pela Vitrine Filmes, através de seu selo Manequim Filmes, com coprodução do Telecine e do Clube Filmes. O financiamento, segundo os produtores Marcelo Forlani e Bianca Alencar, veio de uma combinação de recursos privados e incentivo fiscal. "Não foi fácil convencer investidores a apostar em um filme sobre um garoto que roubou dinheiro online. Mas quando viram o roteiro... mudaram de ideia." A distribuição é exclusiva para cinemas, sem previsão de streaming. A Paramount+ foi mencionada como parceira de divulgação — mas não como plataforma de exibição. "Queremos que o público vá ao cinema. Que veja isso em grande tela, com som surround, como se estivesse lá. Essa história merece isso", afirmou Bittar.Quem mais estava lá? E o que isso significa para o cinema brasileiro
O painel da CCXP25 também apresentou O Agente Secreto, com Gabriel Leone, mas foi O Rei da Internet que dominou a conversa. "Foi um ano especial para esse filme. A trajetória começou em Cannes", disse Leone, em tom respeitoso. "Mas este aqui? É o filme que o Brasil precisa ver." E é isso que torna o projeto tão importante. Não é só um filme sobre hacking. É sobre geração. Sobre quem cresceu com a internet como liberdade, e descobriu que liberdade também tem preço. Sobre como o Brasil, nos anos 2000, se tornou um laboratório de tecnologia sem regulamentação — e como isso criou heróis e vilões ao mesmo tempo.Por que isso importa agora?
Hoje, em 2025, o Brasil tem mais de 160 milhões de usuários de internet. Crianças de 10 anos sabem mais sobre criptomoedas do que seus pais. Mas a história de Daniel Nascimento é um espelho. Ele não foi um gênio malvado. Foi um garoto que achou que poderia fugir das regras. E a sociedade, por sua vez, não fez nada para guiá-lo. Apenas o puniu. O filme não pede perdão. Não pede glória. Pede compreensão. E talvez, por isso, seja tão necessário.O que vem depois?
Após a estreia em 2 de abril de 2026, a equipe já planeja um documentário paralelo, com depoimentos reais de outros hackers da época — alguns ainda na ilegalidade, outros já na academia. "A gente só arranhou a superfície", disse Vinícius Perez, co-roteirista. "Tem mais histórias. Muitas." Enquanto isso, Daniel Nascimento vive em silêncio. Trabalha com segurança digital. Não quer fama. Mas aceitou participar do filme. "Se isso fizer alguém pensar antes de clicar em algo suspeito... já valeu."Frequently Asked Questions
Quem é Daniel Nascimento na vida real?
Daniel Nascimento é um ex-hacker brasileiro que, aos 15 anos, liderou uma organização criminosa especializada em fraudes financeiras online no início dos anos 2000. Sua operação movimentava mais de R$ 1 milhão por dia, e foi desmantelada pela Polícia Federal antes de ele completar 17 anos. Hoje, trabalha com segurança da informação e participou ativamente da produção do filme, revisando o roteiro e orientando João Guilherme.
O filme é fiel à vida real de Daniel?
Sim, em essência. As cenas de prisão, as festas, o uso de drogas e a estrutura da quadrilha são baseadas em relatos reais. O diretor Fabrício Bittar e o roteirista Vinícius Perez tiveram acesso a documentos da PF e entrevistas exclusivas. Alguns nomes foram alterados por questões legais, mas os eventos-chave — como a invasão da casa e a quantia movimentada — são verídicos.
Por que o filme não vai para streaming?
A produtora Vitrine Filmes decidiu que a experiência de ver o filme em cinema é essencial para o impacto emocional da história. A exibição em grande tela, com som surround e em ambiente coletivo, reforça a ideia de que essa é uma narrativa coletiva — não individual. A Paramount+ aparece apenas como parceira de divulgação, não de exibição.
João Guilherme realmente fez cenas de nudez e sexo?
Sim. O ator confirmou que o filme inclui cenas de nudez e relações sexuais explícitas, todas baseadas em relatos reais da vida de Daniel Nascimento. Ele disse que a preparação foi intensa, com muitas conversas sobre motivação e vulnerabilidade. "Não é sexo para entretenimento. É sexo como símbolo de poder e vazio", explicou. A produção adotou protocolos rigorosos de segurança e consentimento para essas cenas.
O filme glorifica o crime?
Não. O diretor Bittar afirmou que o objetivo é mostrar o vazio por trás da ostentação. O filme não justifica os atos, mas os contextualiza. Daniel Nascimento, na vida real, diz que se arrepende. "Eu queria ser alguém. E achei que dinheiro era a única forma. Hoje, vejo que era só uma ilusão." O filme é um retrato, não um elogio.
Existe algum risco legal para o filme?
Há riscos, mas foram mitigados. A produção obteve autorização escrita de Daniel Nascimento e de membros da PF que participaram da operação. Nomes de empresas e instituições envolvidas foram alterados. O roteiro foi revisado por advogados especializados em direito digital. O foco está na trajetória pessoal, não em expor sistemas ou métodos criminosos atuais.
Iasmin Oliveira
dezembro 8, 2025 AT 01:50Isso é uma vergonha nacional. Mostrar um bandido como herói? A gente já tem suficiente desmoralização na TV, agora vai virar filme? Se o Daniel quisesse se redimir, deveria estar trabalhando em campanhas educativas, não virando personagem de cinema pornô com dinheiro de contribuinte. Essa geração não tem noção de valor, só de viral.