Artesp aprova renovação antecipada da Linha 4‑Amarela até Taboão

Artesp aprova renovação antecipada da Linha 4‑Amarela até Taboão out, 21 2025

Na quarta‑feira, 24 de setembro de 2025, a Artesp (Agência de Transporte do Estado de São Paulo) aprovou, por unanimidade, a renovação antecipada da concessão da ViaQuatro Concessionária de Transporte Público S.A. para viabilizar a extensão da Linha 4‑Amarela até Taboão da Serra. A decisão foi publicada no Diário Oficial do Estado ainda no mesmo dia e tem como objetivo acelerar um projeto de R$ 4,04 bilhões que deve levar a rede de metrô da capital a mais duas estações: Chácara do Jockey e a nova estação Taboão.

Contexto histórico e necessidade da expansão

A Linha 4‑Amarela, inaugurada em 2010 e operada pela ViaQuatro desde 2016, conecta o centro da cidade (estação Luz) ao bairro de Vila Sônia, atendendo mais de 1,2 milhão de passageiros diariamente. Contudo, o crescimento populacional da zona oeste, sobretudo em municípios como Taboão da Serra, tem pressionado cada vez mais o sistema. Segundo a Secretaria de Parcerias em Investimentos (SPI), a região registra um aumento de 3,8% ao ano na demanda por transporte coletivo.

Detalhes do projeto de extensão

O plano prevê a construção de 3,3 km de túnel subterrâneo entre Vila Sônia e as duas novas estações. A obra inclui:

  • Instalação de uma nova subestação elétrica para suportar um acréscimo de 25% na carga;
  • Compra de seis trens de baixa altura, fabricados pela Alstom Transportes Brasil;
  • Integração com terminais de ônibus em Vila Sônia, São Paulo‑Morumbi, Butantã e, claro, Taboão da Serra.

O investimento total foi formalizado no Termo Aditivo nº 10, cujo valor chega a R$ 4.040.000.000,00, conforme comunicado oficial da Agência São Paulo.

Reações e declarações dos envolvidos

O Francisco Mattar, diretor‑presidente da Artesp, afirmou que “a renovação antecipada demonstra o compromisso do Estado em garantir mobilidade de qualidade para milhões de paulistanos”. Já Marco Vinholi, secretário da SPI, destacou que “a correção do desequilíbrio financeiro de R$ 136,8 milhões, calculado com taxa interna de retorno de 11,08%, é essencial para que a ViaQuatro assuma os custos da expansão sem onerar o contribuinte”.

A Motiva Participações S.A., controladora da ViaQuatro desde 2023, comunicou que o aditivo garante a viabilidade econômica do projeto e reforça sua estratégia de consolidar a presença no setor de mobilidade urbana.

Impactos esperados e benefícios sociais

Impactos esperados e benefícios sociais

Estima‑se que a extensão criará 3.700 empregos diretos durante a fase de construção e atrairá cerca de 50.000 novos passageiros diários ao sistema de metrô. Para os moradores de Taboão da Serra, isso pode significar uma redução média de 35% no tempo de deslocamento até a região central de São Paulo.

Além do ganho de mobilidade, a obra traz compromisso ambiental: a CETESB autorizou a implantação de barreiras acústicas ao longo de todo o trajeto subterrâneo e a compensação de áreas verdes em proporção 1:1, conforme licença ambiental nº 000460/2024.

Próximos passos e cronograma

Uma vez assinado o termo aditivo, os trabalhos de terraplenagem e escavação devem iniciar ainda em outubro de 2025, com prazo de conclusão entre 48 e 64 meses. A previsão mais otimista coloca a inauguração da estação Taboão da Serra para o final de 2030.

Durante a fase de construção, a Artesp mantém a operação normal da Linha 4‑Amarela, evitando interrupções nos serviços existentes. Os novos trens entrarão em operação somente após a conclusão dos testes integrados com a nova subestação.

Antecedentes e panorama do transporte em São Paulo

Antecedentes e panorama do transporte em São Paulo

Historicamente, a expansão da rede de metrô na capital tem sido marcada por grandes marcos, como a abertura da Linha 15‑Prata (monotrilho) em 2014 e a conclusão da Linha 5‑Lilás em 2018. A São Paulo já conta com 6 linhas de metrô que percorrem mais de 100 km de trilhos. A nova extensão, porém, representa a primeira expansão significativa da Linha 4‑Amarela desde sua inauguração.

Especialistas em mobilidade urbana apontam que projetos integrados, como o que está sendo desenvolvido – metrô, ônibus e vias de acesso – são a chave para reduzir congestionamentos crônicos e melhorar a qualidade de vida nas áreas periféricas.

Perguntas Frequentes

Como a extensão da Linha 4‑Amarela vai afetar o cotidiano dos moradores de Taboão da Serra?

A nova estação reduzirá o tempo médio de deslocamento para São Paulo em cerca de 35%, permitindo que mais de 70 mil residentes cheguem ao centro em menos de 45 minutos, além de ampliar opções de transporte com conexões a terminais de ônibus locais.

Qual o custo total da obra e quem está financiando?

O investimento está estimado em R$ 4,04 bilhões, financiado pelo Estado de São Paulo através da SPI e complementado por recursos da ViaQuatro, com a correção de R$ 136,8 milhões para equilibrar a conta financeira da concessão.

Quando a nova estação deve entrar em operação?

O cronograma prevê a conclusão dos trabalhos entre 48 e 64 meses após o início, ou seja, entre 2029 e 2030, com previsão de inauguração para o final de 2030, se tudo correr dentro do prazo.

Quais são as principais preocupações ambientais e como elas serão mitigadas?

A CETESB exigiu barreiras acústicas ao longo de todo o túnel e a criação de áreas verdes equivalentes ao espaço ocupado, garantindo que o impacto sonoro e visual seja minimizado e que a compensação ambiental seja cumprida.

Quantas vagas de emprego a obra deve gerar e quem serão os beneficiados?

Serão cerca de 3.700 empregos diretos durante a fase de construção, predominantemente para trabalhadores locais e empresas de engenharia da região oeste de São Paulo, impulsionando a economia local.

15 Comments

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    Ana Carolina Oliveira

    outubro 21, 2025 AT 22:30

    Uau, finalmente a 4‑Amarela vai ganhar vida nova até Taboão! Isso vai aliviar o caos na zona oeste e dar uma força enorme para quem depende do metrô todos os dias. Vai ser bom ver menos gente apertada nos vagões e mais opções de ônibus conectando tudo. Vamos torcer para que o prazo seja respeitado e que a obra comece em outubro sem atrasos.

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    gerlane vieira

    outubro 21, 2025 AT 23:53

    Mais uma promessa de obra que nunca sai do papel. A renovação antecipada só aumenta a conta do contribuinte.

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    Bianca Alves

    outubro 22, 2025 AT 01:16

    Interessante ver a expansão avançando 😐

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    Daniel Oliveira

    outubro 22, 2025 AT 02:40

    A aprovação da renovação antecipada da concessão parece, à primeira vista, uma medida positiva para a mobilidade urbana.
    Contudo, há motivos para questionar se a ViaQuatro possui capacidade real de executar a obra dentro do prazo estipulado.
    O histórico recente de atrasos em projetos de infraestrutura no Estado não oferece muita confiança.
    Além disso, o investimento de R$ 4,04 bilhões poderia ser alocado em alternativas de transporte mais rápidas.
    Por exemplo, o corredor de BRT já existente poderia receber melhorias significativas.
    Isso reduziria o tempo de implementação e traria benefícios imediatos aos usuários.
    Outro ponto a considerar é o impacto ambiental da construção de mais 3,3 km de túnel.
    As barreiras acústicas e a compensação de áreas verdes são medidas paliativas, não soluções definitivas.
    Ainda, a criação de 3.700 empregos diretos será temporária e desaparecerá ao final da obra.
    O retorno econômico esperado pode não compensar o custo de oportunidade dos recursos públicos.
    A taxa interna de retorno de 11,08% citada pelos responsáveis parece atrativa apenas em teoria.
    Na prática, projetos de grande porte costumam apresentar variações negativas desse indicador.
    Portanto, seria prudente reavaliar o modelo de concessão antes de avançar.
    Uma revisão poderia incluir cláusulas mais rígidas de penalidade por atraso.
    Só assim o Estado garantirá que o cidadão não sofra mais encargos futuros.

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    Bruna costa

    outubro 22, 2025 AT 04:03

    Entendo a empolgação da população que vive em Taboão da Serra, a redução de 35% no tempo de deslocamento será realmente transformadora. Ao mesmo tempo, precisamos acompanhar de perto a execução para garantir que o projeto não enfrente os mesmos percalços de outras obras da região.

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    joao pedro cardoso

    outubro 22, 2025 AT 05:26

    Para quem quer números, a ViaQuatro já opera mais de 1,2 milhão de passageiros por dia na Linha 4‑Amarela. A expansão adicionará cerca de 50 mil passageiros diários, o que representa um aumento de aproximadamente 4% no fluxo total da linha.

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    EVLYN OLIVIA

    outubro 22, 2025 AT 06:50

    Ah, a arte da burocracia! Eles dizem que tudo vai sair do trilho, mas eu fico imaginando quem realmente lucra com esses bilhões de reais. Deve ser aquele grupo escondido que controla as licenças e garante o contrato vitalício.

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    Ricardo Sá de Abreu

    outubro 22, 2025 AT 08:13

    Vamos tentar manter a discussão civil respeitando os fatos e as diferentes opiniões

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    Luciana Barros

    outubro 22, 2025 AT 09:36

    É com grande expectativa que aguardamos a conclusão desta obra; a esperança de transformar a mobilidade de Taboão pulsa em cada morador.

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    Murilo Deza

    outubro 22, 2025 AT 11:00

    Mais promessas, mais burocracia, mais atrasos, mais dinheiro jogado fora!!!

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    Marcos Stedile

    outubro 22, 2025 AT 12:23

    Eu juro que tem algo esquisito nesses contratos, tudo muito limpo e transparente!!! Mas na real, quem controla a ArteSp tem os dedos no bolso, vamo ver se vai rolar mesmo.

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    Renato Mendes

    outubro 22, 2025 AT 13:46

    É incrível ver como a cidade está tentando melhorar o transporte; a ideia de conectar mais áreas com o metrô é realmente inspiradora e pode mudar a rotina de muita gente.

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    Daniel Oliveira

    outubro 22, 2025 AT 15:10

    Apesar do entusiasmo, precisamos analisar se a construção dos novos trens de baixa altura realmente atenderá à demanda prevista. Alguns especialistas apontam que a capacidade adicional será insuficiente para o crescimento futuro da zona oeste. Além disso, a manutenção de uma subestação elétrica maior pode elevar os custos operacionais a longo prazo. Portanto, a proposta ainda carece de estudos de viabilidade mais profundos antes de ser considerada definitiva.

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    Mariana Jatahy

    outubro 22, 2025 AT 16:33

    Os números mostram que a taxa interna de retorno de 11,08% é plausível, porém é fundamental observar o cenário macroeconômico antes de celebrar 🎯

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    Andre Pinto

    outubro 22, 2025 AT 17:56

    Não esqueçam de cobrar a transparência dos gastos.

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